domingo, 30 de dezembro de 2007

Saldão

Eita, que eu não sei si falu igual minerinho nessa nova postage ou se apela pruma linguage mais roseana...


Voltei e voltarei sempre pra Minas, minha terra que não é natal, mas teve intenção de sê-lo por 20 e poucos anos agora revividos de maneira mais esclarecida que noutros tempos.


Não saberia dizer se encerro ou começo uma outra jornada, tenho um certo receio ao desapegar desse ano que tão bom foi pra minha vida, mas um receio maior ao encarar as responsabilidades de 2008. Acontece que receio é uma palavra e principalmente um sentimentodito que não será recolhido, nem tampouco esquecido, é melhor encarar o bixinho e matar a pau feito lá na minha terra, donde esse tipo de enfraquecimento se curava com um joelhaço.





Fins de 2007, extamente nesse 30/12/2007 já fiz muita coisa, já passei por várias outras, assim como muitos, mas poucos variaram tanto de cousas como eu pude ter a satisfação de variar, variei tanto que perdi meu linguajar, o que não foi de todo mar, pois o que eu buscava alcançar veio na frente, eu de tanto pensar, passei a agir e receber de volta, joguei as sementes, plantei e semeei com cuidado e agora as mudas tão bonitas que só, floridas de fazer xodó e o meu novo xote é arrepiado com a carne do novo gado que arrebentou as porteiras, despencou das ribanceiras e desamarou as estribeiras que estavam cercando o bixinho. Lembra do bixinho, o bixinho que bota medo no peão na hora de pular do mato pro sertão?


Lembra do menino que esqueceu o caminhão e agora anda à pé em busca de um novo chão?


Lembra da menina que perdeu o grilhão e hoje anda solta pelos ares da poluição?





Esse tal de acabamento, essa tal de anunciação, como diria aquele velho Chico:

- isso aqui não dá para ser distribuido não, não tem fôlego não.
-Não por falta de material no plano externo, mas por falta de um principio valorativo interno

- Dessa bruma leve que vem de dentro o sol seca o rio e rege o outro, meu irmão.





¡Duerme negrito, que tu mamá está en el campo, negrito!


Trabajando y vale mucho, trabajando sí


Trabajando por negrito, chiquitito.


Ignácio de Loyola Brandão diz que o grande escritor é aquele que sabe dar o bom final para sua obra, ou mesmo, o fecho é a parte mais importante de um escrito, seja ele: romance, conto, novela...enfim.
Minha professora de teatro dizia para nosso grupo algo parecido, "vocês têm sérios problemas com finalizar as cenas", de fato, tínhamos e até hoje nossa peça anual "Casa Tomada" - baseada no conto homônimo de Julio Cortázar tem um final um tanto problemático, pois o público, em sua maioria, nunca soube qual era o momento de sair e quiça se deviam aplaudir ou qualquer outra ação de público.

Eu, como reles despretenciosa ècrivain que não sou, certamente não sei finalizar também e por isso vou parar meu balanço caótico e confuso, de certa forma, propositadamente, por aqui.

Adeus 2007 brasil!
E VIVA 2008 - o ano dos brothers!!!