quinta-feira, 20 de junho de 2013

Uma boa narrativa se faz enquanto se narra




“O povo acordou”, “verás que um filho tem não foge a luta”, “se a tarifa não baixar a cidade vai parar”, “Brasil, “vamo acordar” o professor vale mais que o Neymar”, “Afaste de mim esse CALE-SE”. Essas e outras faixas abriram os gigantescos desfiles de uma segunda feira, aos 17 de junho de 2013, sem frio ou chuva em São Paulo, em BH, no RJ, em Brasília, em Salvador, em POA. O que se viu e ouviu pelas ruas das capitais foi uma miscelânea de discursos e revoltas. Os famosos 0,20 centavos se transformaram numa luta justa da voz do povo por causas diversas. Não há um discurso único, mas há um movimento MPL lutando, encabeçando uma causa bem pontual e afirmativa, abaixar a tarifa de ônibus de 3,20 para 3,00. Conseguiram? Conseguirão? Sim. Aos 19 de junho na mesma semana foram revogados os famigerados 0,20 centavos. Vitória! As manifestações continuam, imprensa, especialistas que apoiam o movimento pedem uma pauta definida, uma liderança, um discurso pontual concreto, não abrangente ou tautológico.
Para que liderança, eu pergunto? Precisamos definir o modelo de país que está se formando, precisamos formatar e delimitar que tipo de manifestações são essas, que natureza têm? O ser humano com sua necessidade de nomear, dar a conhecer, formular conceitos, definir tudo e enquadrar numa gaveta para poder ser analisado à parte, para poder ser investigado com mais cautela. Ótimas ações de pesquisa científica, considerando o ser humano como racional e metodológico. Mas ele é plural, é multifacetado, complexo e tem a necessidade, na verdade, de se deixar humano, ou seja, livre para exercer suas próprias leis e cautelas. Não é anarquismo que se propõe, mas é voz maior, voz de contingente, voz de rua que admite rua para acesso, para decisões e para outra categoria de ser, de se expressar e manifestar.
Todo dia eles fazem tudo sempre igual. Um dia a coisa vira e o processo muda. Revolucionária? Antidemocrática? Liberal? Anárquica? Doidivanas? Tudo o que querem, de novo enquadramentos? Apenas opinião, é um caminho.
Domenico de Masi ao dizer que o Brasil tem todas as ferramentas para propor um país com modelo econômico e social inovador, que defende o ócio criativo e o trabalho desformatado dos modelos já tão conhecidos , está consciente e bem lúcido ao dizer que aqui poderia ser esse “epicentro da mudança” ou como queira. Algo que propõe o diferente, mas ninguém entende ou se assusta, ou se precipita simplesmente porque ser heterogênio de massa, junto com a massa e na massa é muito mais complexo para analisar.
Bora às ruas protestar. A favor ou contra o quê? Sejamos mais objetivos? A subjetividade sempre ficou de fora do mundo dos negócios, da ciência empírica e das leis. Ledo engano, nada está distante ou isento de natureza sutis de análise, nem mesmo o que se diz que pode ser chamado de realidade “aquilo que faz parte de um conhecimento comum, legitimado e significativo a uma sociedade, que foi experenciado e aceito”. Comum é ter discursos diversos, porém que convirjam para algum ponto em comum, comum é cada um ter a liberdade de se expressar sexualmente da forma que queria desde que respeitem as leis do pudor e da liberdade do outro. Ora se o outro quer pensar que o que tem é doença e deseja se curar, ele que vá procurar um médico que o cure da tal doença e para isso não são necessárias leis absurdas que travestidas de libertárias, no senso comum são mesmo repressoras. Qual senso comum? Aquele que ninguém pesquisa, apenas repassa e opina ou aquele que se coloca a pensar a sociedade que está cheia de pessoas comuns, e por isso, complexas demais para terem lideranças bem definidas e objetivamente esclarecidas para se expressarem com a autoridade de saber o rumo que se deve seguir uma manifestação.
Continuar a manifestação sem pauta é perda de tempo, façam isso ou aquilo que a história diz que funciona e quem disse que queremos fazer a mesma história? quiça seja outra ou como Domenico de Masi, mais ou menos disse “ os brasileiros têm essa capacidade de propor um mundo novo”. Estamos aí construindo-o sem rumo determinado ou objetivo concreto bem desenhado, vamos no caminho fazendo nosso caminhar, enquanto narramos a história vamos narrando-a para nós mesmos. Improviso? Não apenas necessidade de quebrar paradigmas estabelecidos com medo de caminhar para um caminho que ainda nenhum povo fez, nenhuma nação pensando  ou não propôs. Estamos apenas nos reunindo como os gregos para aprender a caminharmos juntos. Essa a nossa pauta.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Lavouras: Iniciando os trabalhos

Lavouras: Iniciando os trabalhos
http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/1,,EMI328419-17770,00.html

Iniciando os trabalhos

Ficar em casa nas férias, às vezes, é melhor que viajar, pois aí é que você nota cantinhos minimalistas do seu habitat e começa a entrar em contato mais de pertinho com sua indimidade, uma breve estreiteza de sensações se apuram com os pensamentos e por mais longos e longínquos sejam estão cada vez mais dentro da gente. Você começa a reparar nos detalhes, na brisa fresca que entra pela janela tocando as flores que você recentemente adquiriu e aprendeu a amar, cuidar, reparar. A casa é o canto mais expansivo que podemos cultivar as pequenas e grandes coisas da vida, mais que a rua, o mundo, ou as relações, a casa mantém com o indivíduo uma relação extra de autoconhecimento, não pelo simples reconhecimento de si nela, mas pelo (re)conhecimento dela a cada dia novo, apesar dela continuar igual, estática, imóvel. E essa pode ser uma de suas beleza, pois quem a muda somos nós, a casa não se muda, mas nos faz mudar. Como poetizou Herbeto Helder " Felemos de casas como quem fala da sua alma, entre um incêncio, junto ao modelo das searas, na aprendizagem da paciência de vê-las erguer e morrer com um pouco, um pouco de beleza" Dessa beleza mínima e multiplicada por formas, expressões, desejos, e intenções pretendo me constituir este ano de 2013, buscando novos cantos, incomuns, pequenos, distintos, enormes que concretizem a plenitude de se sentir em casa, quer melhor sensação? Feliz Casa Nova porque cada dia do ano estamos num cantinho diferente de nossa alma, de nosso mundo particular. http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/1,,EMI328419-17770,00.html

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Skriks and rop

Não, não. Não se trata de Munch ou Bergman. Não passa de uma pequena ânsia que cresce a cada dia impelindo uma liberdade que ora voraz, ora inerte bate à minha porta. Eu abro. Ela entra, senta, dialoga com o breu e no final indaga ao seu alter ego, onde foi que se perdeu? Não sabe, não fala, nem ouve, apenas senta, espera, espera.

Um dia acordará, de novo, amorfa, lenta, cheia de apetite, mas com malemolência o bastante para deixar a porta, somente, entreaberta.

Bem-vinda!

domingo, 4 de setembro de 2011

Faltam 4 meses

Pois é, 4 meses, menos, e o ano já se vai sem nem uma reflexão sobre sua temporada. Não deu tempo? Pra mim tempo é algo difícil de reflexionar, ele vai passando e eu vou ficando. Olho para ele de longe e não me apresso em me aproximar, fito-o desde a minha morada, lugar que, às vezes, me é desconfortável, porém habitação onde o tempo não chega, apenas passa, me empurra, exige na cobertura do cotidiano cabeças destemidas prontas a dizer: "Agora não, depois, depois desse tempo passar". E lá se foram 9 meses desse tempo, desse novo ano de 2011 que recentemente me brindava com seus fogos e champagnes anunciando um ano repleto de grandes emoções. "Nesse ano eu caso, mudo de casa, de emprego, de vida, ganho minha família tão sonhada, uma linda casa, tão esperada, parto para a qualificação, termino minha dissertação e a defendo" e depois? Depois desse tempo todo posso ler, fazer um curso de inglês ou yoga, talvez aprenda a pintar, desenhar ou descubro do que meu corpo precisa, poderia escrever muito, ler vorazmente um estante que me espera por ser ainda preenchida. Há muito pra se fazer depois que o tempo passar. Cá estamos prestes a última atividade de peso, próximos ao momento do desenlace final. assim que mais um tempo chegar e esse deixar apenas as marcas passadas, eu penso em escrever, ler, desenhar, fazer danças...até lá continuo na inércia de minha morada aparente que não recebe hóspedes, nem hospeda o tempo, as estações, os amigos...Apenas passa e será sempre assim, passageiro, efêmero como 1 ano que nem vimos chegar e em breve deixará de existir. O que fica desse ano, dessa colheita? Letras no papel e imagens na memória - histórias

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

My ideal partner

I like nature very much and I love walking in the parks or admiring the moon. It´s great for me, because I´m a countryside person and I lived in a very small country, so the people were all quiet. But, when I moved to São Paulo, this big city, I had to adapt myself here. It was hard.
Today I´m enjoying the city and my new life. I´working and studying here very much. It´great. I´m going to the movies, bookstores, theater and exhibitions. I do things for fun, but something it was missing in my life, because I began to feel lonely here.

So, one day in a party something fantastic happened in my life. I met a special person that changed my life. And this person is going to be my soul mate forever.
He loves movies and cultural activities and so do I. He has the same profession as me. He teatches mathematichs and he words very hard, but he likes it. He is a honest man, fair and very intelligent. I like all his qualities.

My ideal partner is a funny and handsome person, he´s helping me with my job, my carier, my studies and he loves me. But there is a special thing in him…

He is showing me the beatiful side of life. I´m returning to admire the moon and I see nature amid the routine. And I enjoy weekends in the parks, meeting friends, hanging out, visiting restaurants and living a happier life.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O melhor lugar do mundo

Ao amor da minha vida

Por vezes me perguntei qual seria este lugar
Outras, indaguei se a existência seria precisa,
Seria difícil encontrar?
E o que faria se esta busca fosse perdida?

Depois de muito tempo passar
Numa noite de leve brisa
Bebidas, conversas e um longo fitar,
Descobrimos deitados uma nova vida

Apareceu-me a resposta para a indagação
E antes que o primeiro raio de sol tivesse entrado
Encontrei o conforto para o meu coração

Hoje sei que depois de um dia pesado
Sinto a mais plena sensação,
Envolta nos braços do meu amado!