domingo, 4 de setembro de 2011

Faltam 4 meses

Pois é, 4 meses, menos, e o ano já se vai sem nem uma reflexão sobre sua temporada. Não deu tempo? Pra mim tempo é algo difícil de reflexionar, ele vai passando e eu vou ficando. Olho para ele de longe e não me apresso em me aproximar, fito-o desde a minha morada, lugar que, às vezes, me é desconfortável, porém habitação onde o tempo não chega, apenas passa, me empurra, exige na cobertura do cotidiano cabeças destemidas prontas a dizer: "Agora não, depois, depois desse tempo passar". E lá se foram 9 meses desse tempo, desse novo ano de 2011 que recentemente me brindava com seus fogos e champagnes anunciando um ano repleto de grandes emoções. "Nesse ano eu caso, mudo de casa, de emprego, de vida, ganho minha família tão sonhada, uma linda casa, tão esperada, parto para a qualificação, termino minha dissertação e a defendo" e depois? Depois desse tempo todo posso ler, fazer um curso de inglês ou yoga, talvez aprenda a pintar, desenhar ou descubro do que meu corpo precisa, poderia escrever muito, ler vorazmente um estante que me espera por ser ainda preenchida. Há muito pra se fazer depois que o tempo passar. Cá estamos prestes a última atividade de peso, próximos ao momento do desenlace final. assim que mais um tempo chegar e esse deixar apenas as marcas passadas, eu penso em escrever, ler, desenhar, fazer danças...até lá continuo na inércia de minha morada aparente que não recebe hóspedes, nem hospeda o tempo, as estações, os amigos...Apenas passa e será sempre assim, passageiro, efêmero como 1 ano que nem vimos chegar e em breve deixará de existir. O que fica desse ano, dessa colheita? Letras no papel e imagens na memória - histórias