Estamos numa semana de Seminários de Ações Singulares 2 : História do Ensino da Arte: Experiências no Instituto Tomie Ohtake de 2-7 de março
Vem a interessar porque se trata de mais uma abertura, ainda que no contexto acadêmico, dos bons sucessos, das experiências mais bem-vindas, das burguesas e daquelas que têm nome, renome, datas, anos, trabalho árduo, carreira, coerências, histórias, sociedade e entusiasmo, principalmente entusiasmo. As ilustríssimas, sem ironia, pois é de fato esse o tratamento que merecem, contam suas particulares experiências cada uma com sua singularidade dentro das diferenças, ressalte-se respeitadas, e obviamente contam dos caminhos vários, diversos, múltiplos que tiveram/tomaram e continuam trilhando em suas vidas.
- INTERESSANTÍSSIMO, já diria José Dias e ou para dizer mais e poder aqui brincar de forma espontânea com Peronio do Castelo Rá-Tim-Bum.
Se talvez fosse isso um twinter estaria mais acordado com a vontade, com o desejo do momento, agora repensado e considerando o peso dessa linguagem: escrita. Muito se perde!
Bem verdade que para leitura posterior algo possa prevalecer como uma boa sintaxe e talvez nem isso
Há muito me pergunto se esse domínio pleno da linguagem que trabalhamos não nos torna encerrados mesmo em nosso próprio dominio? Necessita-se maturidade ou um pouco de cordialidade com o outro e acima de tudo respeito com o momento dele já diria os Educadores de Freire. E, então, justo eu a estudar Lévinas e toda a questão intersubjetiva, relação do Mesmo com seu outro e a responsabilidade ética que se adquire, ou que permeia sua filosofia,pergunto onde está?
Onde está no meu dia-a-dia, ou de todos nós esse respeito?
Stella Barbiere, Coordenadora geral do Educativo do Instituto, disse que não era para fazer média, não, mas que ela acreditava, e todos deveríamos conceber também, que o respeito às diferenças realmente faz-nos crescer e idéias inovadoras aparecerem.
É um entusiasmo que contagia.
Noutro momento, anterior, Maria Amélia Pereira, vice-presidente do Brincante e fundadora da OCA, empenhou-se em nos mostrar o valor de brincar, de deixar a criança nos mostrar como se realiza o humano, na arte que ela se educa, porque arte é educação.
"Cada criança é a capacidade nova de expressar o que não foi expresso ainda"
"Temos que ser alegres, senão para quê essa vida?"
Ainda não sei em que posição estar agora, responder aos que ainda não compreendem certas percepções, inclusive artísticas, ser voluntária e solidária, no sentido escola solidária e educar alguns com minha vestimenta engajada de educadora que persiste, não desiste e recua em prol do outro. Qual seria minha responsabilidade de fato nesse processo, nesse emaranhado de conjecturas?
Sem colocar tudo no mesmo saco, é preciso também não dissociar, não colocar ou permitir que os muros nos barrem a ponto de não reconhecermos mais os terrenos que semeamos. Tá tudo junto, tá todo mundo sem fronteiras... Meu Deus do céu onde é que eu vim parar? - pergunta a criança da canção que diz justamente sobre brincar, correr, pular.
Parce lindo e confuso demais e aí é que se esconde ou que devemos buscar a descoberta, no obscuro, no nebuloso, no mistério. Já diria a abertura de Lévinas para o outro...então isso não pode ficar só em mim..há que se ter mais espaços de seminários para a escola precária sem recursos, pública, periferia, destruida e primitiva poder ouvir, desabafar, contestar e levar um pouco de luz aonde não chega nem sequer uma cor. E arte?
Vamos levar todo mundo pro pátio, pro jardim( se houver) e fazê-los descobrir arte vinda do chão, da terra, das formas existentes na natureza, no concreto, no rosto do amigo talvez...por que não levar um espelho médio de casa ou pegar emprestado o do banheiro dos professores e levar pros meninos? Coloque-os a se olharem, a olharem reflexos dos outros, a descobrir que existe rostos e expressões neles e que elas representam muita descoberta, elas representam o humano, o criativo do humano, o desconhecido, o obscuro e misterioso do homem.
O espelho mostra-me outro e volto a ser "outramente que ser".
Vamos fazer careta, dar risadas, descobrir um nariz torto, uma dissimetria , as orelhas de abano e como ficamos feios quando choramos...são nossas sempre nossas verdadeiras máscaras e não sabemos nem sequer por que a usamos.
A gente pode se descobrir, aprendiz. A gente pode se descobrir aprendiz. A gente pode se descobrir aprendendo.
Que viva el tango!
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