No dia 06 de novembro de 2008. No prédio de Letras da Universidade de São Paulo tivemos o privilégio e a surpresa de conversar e nos aproximarmos de um poeta extraordinário. Marcelo Ariel, nascido em Santos(SP). Vive em Cubatão, donde coordena a editora Letra Selvagem.
Nossa conversa com ele foi edificante. Através da publicação de Tratado dos Anjos Afogados, 2008 , nos deleitamos com suas experiências ao longo dos 20 anos de escrita poética e também tomamos contato com seu pensamento, suas ”doutrinas”, “filosofias” ou simplesmente fantasmas de vida, vivências. Não há nem como definir. Seria um sacrilégio.
E é justamente nessa assimetria do outro que a poesia de Ariel está lançada, direcionando a relação como um encontro com a diferença que o outro me expõe, me apresenta. Para o poeta o é no encontro com o outro que se instaura o sagrado. O poema é a tentativa de contato com o outro. Ele se dá pela sensibilidade e autenticidade do humano.
Autenticidade que o poeta encontra na infância, quando o humano se abria ao outro com sua verdadeira alteridade, enunciava um eu íntegro, ao que hoje, na semi-presença de vivência somos fantasmas que encenam a vida cotidiana. Tudo é encenação.
Ao que ficou dessa conversa, foi o devir levado ao infinito de conhecer e ler mais e mais Marcelo Ariel, há muito para alterar-se com sua obra, há muita interação humana nessa caminhada. É um prazer sagrado tomar contato com suas poesias. A todo momento diversas possibilidades atravessam a emoção do meu ser, é a alteridade da não-presença, mas da relação com a essência , com o afeto que se instaura tanto no seu engajamento poético quanto na sua performance presente.
Para celebrarnos...
O EVANGELHO – Marcelo Ariel
Seja absolutamente diferente de mim e do que penso que você deveria ser, para que eu possa me abrir para o outro que você é, não como um animal fantasmagórico no espelho dos distanciamentos. Não como um outro eu clonado para as afinidades do ajuntamento irônico, mas para a significativa visão paradoxal do início de uma emancipação, longe dos domínios da coisificação-blindagem do eu. Me abrir para o encontro de uma autêntica filia onde predominem a espontaneidade, a leveza e a lentidão para essa alteridade. O amor como um valor laico e afeto como uma instância do atemporal, como um poema do irreconhecido fundado no desejo do impossível.
Nossa conversa com ele foi edificante. Através da publicação de Tratado dos Anjos Afogados, 2008 , nos deleitamos com suas experiências ao longo dos 20 anos de escrita poética e também tomamos contato com seu pensamento, suas ”doutrinas”, “filosofias” ou simplesmente fantasmas de vida, vivências. Não há nem como definir. Seria um sacrilégio.
E é justamente nessa assimetria do outro que a poesia de Ariel está lançada, direcionando a relação como um encontro com a diferença que o outro me expõe, me apresenta. Para o poeta o é no encontro com o outro que se instaura o sagrado. O poema é a tentativa de contato com o outro. Ele se dá pela sensibilidade e autenticidade do humano.
Autenticidade que o poeta encontra na infância, quando o humano se abria ao outro com sua verdadeira alteridade, enunciava um eu íntegro, ao que hoje, na semi-presença de vivência somos fantasmas que encenam a vida cotidiana. Tudo é encenação.
Ao que ficou dessa conversa, foi o devir levado ao infinito de conhecer e ler mais e mais Marcelo Ariel, há muito para alterar-se com sua obra, há muita interação humana nessa caminhada. É um prazer sagrado tomar contato com suas poesias. A todo momento diversas possibilidades atravessam a emoção do meu ser, é a alteridade da não-presença, mas da relação com a essência , com o afeto que se instaura tanto no seu engajamento poético quanto na sua performance presente.
Para celebrarnos...
O EVANGELHO – Marcelo Ariel
Seja absolutamente diferente de mim e do que penso que você deveria ser, para que eu possa me abrir para o outro que você é, não como um animal fantasmagórico no espelho dos distanciamentos. Não como um outro eu clonado para as afinidades do ajuntamento irônico, mas para a significativa visão paradoxal do início de uma emancipação, longe dos domínios da coisificação-blindagem do eu. Me abrir para o encontro de uma autêntica filia onde predominem a espontaneidade, a leveza e a lentidão para essa alteridade. O amor como um valor laico e afeto como uma instância do atemporal, como um poema do irreconhecido fundado no desejo do impossível.
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