mas tudo que lhe acontecera ainda era preferível a sentir aquilo, aquilo: como diria Clarice Lispector.
Ontem eu me questionava, por que é que não tenho uma grande força, àquela que impulsiona, que não perde o foco e que é maior e melhor, está acima de tudo e de todos? Ah, essa força para Nassar, Guimarães, Drummond ou mesmo para muito amigos se chama escrita, se chama concentração num projeto, naquilo que te move(como diria Mauricio).
Primeiro é preciso algumas lágrimas de indignação, alguns arranca-rabos com o deus do acaso, alguns questionamentos absurdos e imateriais - depois apenas o reflexo, àquela autoestima arrancada sabe-se lá de onde, de todos. Aí é que se faz uma bom caldo, depois de tomado corpo vem a força. Podia dizer que a minha é literária, hoje poderia dizer isso. Talvez seja um progresso ou só parte do processo, nada demais, nada além. Acho que essencialmente há o desejo de dizer, há intenção e nesse caminho há o infinito.
Muita chuva, muitas nuvens encobrindo o céu e muito ruído, por que diabos as informações num mundo tão cotidiano delas não chegam? elas simplesmente inexistem quando se trata de assuntos desse caráter. Há caráter? há ética? há responsabilidade?
Ora questionamentos tolos e moralisticos não cabem nesse contexto. Não se sabe o que cabe, para dizer a mais real das afirmações, não se sabe.
E a consideração, o cuidado com o outro ou o mínimo de compromisso com a diferença? Inexiste, ausente, incabível, inexplicável, mudez, nulidade,silêncio, um absurdo total e completo.
Aquele momento do instante que marca o salto. Me diz, me diz, me responde por favor, pra onde vai o meu amor quando tudo acaba.(Chico) O momento nascido antes do acontecimento e o instante do acontecimento até o seguinte momento do não-acontecimento mais. QUAL desses instantes, em qual momento do ínterim a transformação ocorre? QUANDO focamos exatamente no outro a sensação de desencontro total?
Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas(Futura). E vou eu lá de novo marcar com um caneta amarela o momento do salto, queremos medir humanos, queremos prever reações e ocorrencias, queremos cercear e cercar, limitar, fronteirizar num tempo no qual tudo isso foi pregressivamente arrancado de nós, quem é que contém a lógica. Para que então verificar as ocorrências a todo momento se elas serão falseadas no próximo instante que ninguém saberá dizer qual foi? Para termos o trabalho de analisar qual foi o instante, senão o mundo acaba. Não haverá mais porquê, não haverá mais graça.
Algumas graças eu não queria sentir de novo, pelo menos 1/10 dos porquês poderia ser contestado, evitaria os ruídos, a displicência, o descaso, a desconsideração. Essa liberdade total e garantida acabou por confundir demais os valores, as atitudes, os procederes e esse meu discurso que parece mais um texto moralistico que reflexivo.
Irrelevante, tudo isso é irrelevante!
Não adianta buscar o porquê se você vive de instantes, busque apenas a vivência, não a experiência.
Primeiro é preciso algumas lágrimas de indignação, alguns arranca-rabos com o deus do acaso, alguns questionamentos absurdos e imateriais - depois apenas o reflexo, àquela autoestima arrancada sabe-se lá de onde, de todos. Aí é que se faz uma bom caldo, depois de tomado corpo vem a força. Podia dizer que a minha é literária, hoje poderia dizer isso. Talvez seja um progresso ou só parte do processo, nada demais, nada além. Acho que essencialmente há o desejo de dizer, há intenção e nesse caminho há o infinito.
Muita chuva, muitas nuvens encobrindo o céu e muito ruído, por que diabos as informações num mundo tão cotidiano delas não chegam? elas simplesmente inexistem quando se trata de assuntos desse caráter. Há caráter? há ética? há responsabilidade?
Ora questionamentos tolos e moralisticos não cabem nesse contexto. Não se sabe o que cabe, para dizer a mais real das afirmações, não se sabe.
E a consideração, o cuidado com o outro ou o mínimo de compromisso com a diferença? Inexiste, ausente, incabível, inexplicável, mudez, nulidade,silêncio, um absurdo total e completo.
Aquele momento do instante que marca o salto. Me diz, me diz, me responde por favor, pra onde vai o meu amor quando tudo acaba.(Chico) O momento nascido antes do acontecimento e o instante do acontecimento até o seguinte momento do não-acontecimento mais. QUAL desses instantes, em qual momento do ínterim a transformação ocorre? QUANDO focamos exatamente no outro a sensação de desencontro total?
Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas(Futura). E vou eu lá de novo marcar com um caneta amarela o momento do salto, queremos medir humanos, queremos prever reações e ocorrencias, queremos cercear e cercar, limitar, fronteirizar num tempo no qual tudo isso foi pregressivamente arrancado de nós, quem é que contém a lógica. Para que então verificar as ocorrências a todo momento se elas serão falseadas no próximo instante que ninguém saberá dizer qual foi? Para termos o trabalho de analisar qual foi o instante, senão o mundo acaba. Não haverá mais porquê, não haverá mais graça.
Algumas graças eu não queria sentir de novo, pelo menos 1/10 dos porquês poderia ser contestado, evitaria os ruídos, a displicência, o descaso, a desconsideração. Essa liberdade total e garantida acabou por confundir demais os valores, as atitudes, os procederes e esse meu discurso que parece mais um texto moralistico que reflexivo.
Irrelevante, tudo isso é irrelevante!
Não adianta buscar o porquê se você vive de instantes, busque apenas a vivência, não a experiência.
Abs
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