Se fosse algo cabalístico...
Lastimo a ausência, mas brindo sempre a retomada. Não se julga nunca uma retomada por ser tarde, antes da morte nada é tarde, ainda há vida.
Exatamente, nos últimos segundos de vida ainda houve vida e então começaram os primeiros segundos de morte.
Tema difícil para uma retomada. Então, como viver os primeiros momentos de uma nova vida quando se acaba de enterrar uma morte?
Foi quando eu questionei: Quem é a pessoa mais infeliz do mundo hoje?
E ele responde: A mãe que acabou de perder seu filho de 18 anos, a mãe que acabou de perder sua filha de 17 anos.
Tão cheios de momentos de vida, tão vívidos e lutando para viver quando tinham vida, e assim, como quem sobrevoa um campo florido, um mar azul, deixam a vida.
Não se pode dizer que ela viveu para sofrer, tampouco que morreu sofrendo.
Enquanto viveu viu vida e sentiu o que ela nos dá todos os dias. De tudo um pouco, amigos, inimigos, olhares, sorrisos, doces, jardim, bancos escolares, cadeiras de roda, muitos remédios e hospitais, carinho da família e carinho de mãe, a qual se dedica fielmente todos os segundos de sua vida para uma filha que sabia deixá-la em breve.
Que breve foi, que linda foi. Que bonita vida teve. Difícil, porém amada. Doída, mas nunca amarga, Disforme, porém iluminada.
Uma menina cheia de graça, cheia de garra. Cheia de vida!
Continuará brilhando.
Que você tenha uma bela eternidade, querida Ju!
Sua professora
Nenhum comentário:
Postar um comentário